A Comissão Liquidatária dos Correios de Moçambique anunciou ontem ter já concluído a avaliação dos imóveis que a empresa possui, à excepção de algumas que se situam em distritos do extremo norte da província de Cabo Delgado, afectados por acções terroristas.
Num acto destinado a dar o ponto de situação dos passos até aqui dados no quadro da extinção da empresa decretada pelo Governo, o presidente da Comissão Liquidatária, Raimundo Matule, fez saber que a avaliação abrangeu 127 imóveis espalhados em todo o país, cujo valor ascende a 1.1 mil milhões de meticais.
Ressalvou que existem vários métodos de avaliação de imóveis, sendo que para a fixação do valor de 1.1 mil milhões de meticais o consultor recorreu ao que tem por objectivo apurar o preço a ser fixado para efeitos de balanço da empresa.
Outro método usado é o do mercado, sendo que o valor apurado é quase o dobro do anterior, ou seja, pouco mais de dois mil milhões de meticais.
Raimundo Matule explicou que o valor do mercado se mostra pouco adequado, tendo em conta que só é possível ser apurado a partir da altura em que o comprador aceita pagar o preço fixado pelo vendedor e, neste caso, está dependente do concurso de venda dos imóveis.
Na sua explicação, o presidente da Comissão Liquidatária dos Correios de Moçambique também fez saber que uma parte dos imóveis apurados poderá destinar-se a instituições públicas e outra à venda.